18 de janeiro de 2012

A traição da UGT

A aliança para o ataque aos trabalhadores e ao país

Olhem só a cara de gozo de Passos Coelho a ver o Proença assinar a traição:


A resposta:
          
Os trabalhadores lutam para se defender

7 comentários:

  1. quando tudo isto for uma historia de zé povinho contra o governo....

    ResponderEliminar
  2. mais : a ugt é e sempre foi um miseravel sindicato amarelo; entao, onde està a traiçao?!?!

    ResponderEliminar
  3. Sem dúvida que o objetivo não confessado da UGT é enfraquecer as lutas dos trabalhadores. Contudo para a maioria dos trabalhadores filiados nos sindicatos da UGT não é esse o propósito que os levaram a acreditar na sua adesão. São esses trabalhadores que se sentem traídos. É sobretudo para os trabalhadores honestos que se sentem enganados que procuro falar. Os que conhecem as motivações e objectivos da UGT, certamente não precisam desta denúncia.

    ResponderEliminar
  4. Mas afinal qual era o objetivo dos dirigentes da CGTP, ao pressionarem Proença de Carvalho, para assinar o acordo? Seria para que a sua própria traição não fosse do conhecimento dos seus filiados e poderem depois culpar a UGT do acordo que queriam ver assinado? Traindo para além desses, o seu próprio parceiro secreto!
    Será por isso que Carvalho da Silva vai abandonar a CGTP? Ou será o PCP que o afasta para sacudir a água do capote, demarcando-de dessa dupla traição?

    ResponderEliminar
  5. Carlos
    Este teu comentário, não mereceria resposta. Contudo é um bom exemplo da forma como atuam os inimigos dos trabalhadores como João Proença. Vou reproduzir uma das muitas noticias que foram publicadas na ocasião.

    Notícia do Económico de 19/01/2012

    A CGTP, liderada por Carvalho da Silva, vai processar criminalmente João Proença, secretário-geral da UGT.

    A central sindical liderada por Carvalho da Silva vai mesmo avançar com um processo-crime contra o secretário-geral da UGT, alegando que as declarações de João Proença - a denunciar ter sido pressionado por altos quadros da CGTP para assinar o acordo de concertação social - são "injuriosas e difamatórias".

    No comunicado enviado às redacções, ao final da manhã, a CGTP "repudia as declarações injuriosas e difamatórias hoje proferidas por João Proença" que afirmou em entrevista à Antena 1 que tinha sido "incentivado por altos dirigentes da CGTP-IN a negociar e assinar o acordo, uma vez que a Intersindical não o podia fazer".

    A CGTP diz, no mesmo comunicado, que estas declarações "além de falsas, demonstram que perante o repúdio generalizado da opinião pública, o secretário-geral da UGT não olha a meios para tentar justificar um vergonhoso acordo de agressão aos trabalhadores".

    Agora um comentário meu:
    É preciso ter muito pouca inteligência para um Secretário Geral depois de assinar um acordo venha dizer que o fez por "pressões" da CGTP.
    Só mesmo pessoas muito broncas poderiam acreditar numa tão parva desculpa.
    João Proença ao dizer isto afirmou perante os Sindicatos da UGT (felizmente minoritários) que era da UGT mas fazia as coisas que a CGTP lhe pedia. Antes fosse assim. Isto nem o mais bronco poderia acreditar. Ainda por cima depois da CGTP ter abandonado a Reunião por estar frontalmente contra o que estava a ser discutido. Um fulano com alguns neurónios diria: "Então os gajos foram-se embora e querem que eu assine. Então saio também e eles que assinem porque eu não quero assinar".

    Por outro lado mostra a pouca verticalidade de um responsável que "assinou contra a sua vontade" porque foi "pressionado".

    Isto é mesmo matéria para psiquiatras.

    Já não bastava o Cavaco agora também o Proença está choné ou é um ser sem qualquer personalidade.

    Depois disto cada vez que a CGTP quiser alguma coisa manda ou "pressiona" o Proença tratar do assunto. Ah. ah, ah, isto só visto!

    Quanto às especulações sobre a saída de Carvalho da Silva e em jeito de intróito aqui vai a carta de Proença ao Congresso da CGTP:

    João Proença envia saudação a elogiar Carvalho da Silva
    O secretário-geral da UGT enviou uma saudação ao XII congresso da CGTP, que teve início esta sexta-feira em Lisboa, a justificar a sua ausência e a elogiar o desempenho de Manuel Carvalho da Silva enquanto sindicalista e líder da Intersindical.
    "Neste momento em que o Manuel Carvalho da Silva será substituído à frente da central, em meu nome pessoal e da UGT, não quero deixar de expressar publicamente consideração e reconhecimento pela actividade desenvolvida no movimento sindical e, em especial, à frente da CGTP", afirmou João Proença na missiva enviada com data de quinta-feira.

    Como é sabido Carvalho da Silva está há 25 anos na CGTP. É também público que por várias vezes declarou que desejaria dar o lugar a outro. Há 8 anos que tenta criar condições para a sua saída.

    Se ele ficasse não faltaria quem dissesse que era um dinossauro que se agarrou ao poder e não o queria largar. Isto de inventar coisas para iludir tótós é vulgar. Agora ter tão pouca imaginação é ridículo.

    ResponderEliminar
  6. Eduardo
    Porque é que um comentário legítimo não havia de merecer uma resposta?
    Não serão desejáveis opiniões “desalinhadas” neste blogue?
    Afinal o meu comentário apresenta 3 ideias base:

    1- Acredito nos “incentivos” secretos da CGTP para a negociação deste acordo de concertação social.
    Acredito, pois fazem todo o sentido, já que ao longo de trinta e tal anos de democracia a CGTP, que sempre abandonou essas negociações, agora não quisesse alterar tão lamentável regra, sabendo que teria de dar a cara para uma anunciada derrota; perante a força da Troika e duma maioria que se gaba de ir para além desses compromissos.
    Só que desta vez estava em causa a própria actividade sindical, caso a concertação não fosse conseguida.
    Sem saída deste dilema, faz todo o sentido o uso de tal expediente. O acordo de concertação social seria assinado, mas a CGTP podia acusar a UGT. Uma dupla jogada, uma dupla vitória.

    2- Entre a palavra de Proença de Carvalho e o desmentido de dirigentes virtuais da CGTP, acredito na primeira e não na desculpa desta central sindical.
    Vejamos porquê.
    A maioria das pessoas experientes em negociações empresariais, políticas ou até familiares conhece o estratagema “vou-te contar, mas não digas a ninguém; se disseres eu desminto”.
    Perante isto, é tão difícil provar o contrário, como é difícil provar um acto de corrupção.
    Ninguém de boa fé porá em causa a honestidade de Proença de Carvalho, aliás como a de Carvalho da Silva. Só que não encontro, nem vejo um desmentido categórico e vigoroso deste, compatível com a vontade de instaurar um processo crime contra um camarada sindicalista, parceiro de tantas lutas laborais: por quem tem aliás demonstrado estima e admiração pessoal, independentemente das legítimas divergências políticas.
    Com efeito segundo Carvalho da Silva, “trata-se apenas de um "disparate" de Proença, que não vincula a UGT como tal”.
    Eu reconheço que é de facto um disparate, fazer aquelas declarações que nunca poderá provar. Mas acusado de traidor pela CGTP e comunistas em geral, compreende-se a sua indignação e este desabafo indiscreto.
    Toda esta trama parece pois, vir dos bastidores da CGTP, ou seja da sua corrente maioritária, o PCP.

    3- Entendo que Carvalho da Silva estava a ser demasiado incómodo para o PCP por não estar alinhado com a linha ortodoxa deste partido, sendo há muito um independente.
    Como dizia Ulisses Garrido ex-dirigente da CGTP:
    "Vejo com preocupação a sobreposição do PC sobre a central sindical e não está garantido que no futuro não seja mais intensa";
    "Quem vai suceder a Manuel Carvalho da Silva não foi certamente por ele indicado, ele sempre soube o valor de juntar em plataformas várias sensibilidades”;
    "Afectivamente, Carvalho da Silva já não está no PC há muito tempo, está interessado na elaboração de um pensamento alternativo".

    Vem a propósito lembrar o que dizia um outro ex-camarada de partido acerca de Carvalho da Silva:
    De operário, montador electricista, a doutorado em Sociologia, estudando nas horas livres. Um caminho entretanto seguido por outros quadros da Intersindical.
    "Ele foi evoluindo, até criar um espaço próprio, o que não é fácil em política e muito menos no PCP. Em termos sindicais criou o seu próprio espaço e a sua margem de manobra".
    "O ter estudado, evoluído, garantiu-lhe a independência presente e futura, e por ter vindo da fábrica não têm por onde pegar."
    Carvalho da Silva está imune à "sedução" dos aparelhos. Tem vida para além do sindicalismo. Uma conquista difícil face aos modus operandi do PC.
    "Ele nunca trouxe essas coisas para a ribalta, nunca me comentou nada, mas tenho a ideia que foi uma coexistência muito difícil"
    "Havia um gentlemen’s agreement, uma convivência de conveniência com o PC", o que determinou comportamentos atípicos.
    (continua)

    ResponderEliminar
  7. "Há muitos anos que Manuel Carvalho da Silva deixou de participar, como secretário-geral da CGTP, nas reuniões do comité central, o PCP deixou de confiar nele, porque é autónomo, heterodoxo, afinal não reconhece autoridade política à direcção do partido"
    "Não é um homem de perfilhar rupturas com os seus", assinala ainda o advogado Domingos Lopes, antigo dirigente comunista com laços de décadas a Carvalho da Silva. O que lhe vale críticas de outros sectores.
    "Ao contrário de José Luís Judas, ele nunca desafiou o PC", lamenta um ex-quadro sindical. "O Manel teve momentos de grande confronto, sempre contido, foi a sua frieza que criou uma crosta que o impediu de explodir", contrapõe outro antigo camarada.
    No entanto, nas autárquicas de 2009, apoiou a candidatura do socialista António Costa, quando o candidato da CDU era Ruben de Carvalho.
    Foi o célebre aperto de mão entre o sindicalista e o dirigente socialista, num reviver do Chiado como espaço de decisão política. Ficou claro o que se debatia nos corredores: o rumor dos desencontros tornou-se público.

    Sabendo que Arménio Carlos faz parte do Comité Central do PCP, entende-se bem o desejo de tal substituição, oportunamente aproveitada por este partido.
    Com efeito, C. da Silva há muito que está afastado do comité central do PCP, ("Para a semana vou almoçar com o doutor Soares", disse Carvalho da Silva)
    E como dizia Proença de Carvalho, “com Arménio Carlos, a ortodoxia do PCP vai ter mais força”.
    Receio bem que com este secretário-geral, haverá um clima de conflitualidade nas ruas, onde o PCP não deixará de colocar a sua força de choque, na tentativa de repetir a situação da Grécia com uma guerra total no mundo laboral;
    e as consequentes repercussões na nossa economia (capitalista) que obviamente a ideologia marxista do PCP quererá destruir, com o golpismo “revolucionário” que lhe é reconhecido.

    Por tudo isto, caro Eduardo, discordo dos termos em que deste a resposta “não merecida”. Com efeito:
    Para além de achar que quem não merecia era eu de ser considerado inimigo dos trabalhadores, entendo que é enganador que por duas vezes digas “a CGTP liderada por Carvalho da Silva” vá avançar com um processo-crime. Será verdade que nesse dia Carvalho da Silva ainda era secretário-geral, mas percebe-se a tua intenção de ilibar a CGTP e responsabilizar Carvalho da Silva, agora que está de saída, pela decisão de ir para tribunal. Não é bonito.
    Também não foi bonito, depois de “reproduzires” as palavras de Proença de Carvalho onde este diz ter sido “incentivado”, insistas no verbo “pressionar”, que como sabes não é exatamente a mesma coisa. Eu próprio usei esse termo, mas de improviso, provavelmente sugestionado por outras leituras especuladoras. Mas insistir várias vezes no “pressionado” e “pressões”, depois de conheceres o verdadeiro termo, é uma forma demagógica de dar força a essa maldosa conspiração.
    Também as expressões: pessoas broncas, faltas de inteligência, verticalidade, matéria para psiquiatras, chonés, tó-tós e gargalhadas (Ah. ah, ah), me parecem fruto dum desmentido desesperado. Aliás pouco cordial e injusto para um parceiro de luta, que teve um comportamento bem mais civilizado ao enviar uma saudação ao XII congresso da CGTP, a justificar a sua ausência e a elogiar o desempenho de Manuel Carvalho da Silva enquanto sindicalista e líder da Intersindical.

    Disse a esse propósito Proença de Carvalho:
    "Neste momento em que o Manuel Carvalho da Silva será substituído à frente da central, em meu nome pessoal e da UGT, não quero deixar de expressar publicamente consideração e reconhecimento pela actividade desenvolvida no movimento sindical e, em especial, à frente da CGTP", afirmou João Proença na missiva enviada com data de quinta-feira.

    Um exemplo duma esquerda civilizada em contraste com a extrema-esquerda caceteira.
    Abraço

    ResponderEliminar